Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player









 
Educação Ambiental
Ar Livre
Formação
Intercâmbio
 
 
 
Escola de Educação Ambiental da Carriça
Cursos de Água
Ecoclube Salta Fronteiras

Salta Fronteiras Associação | Tel. 963 763 102 - Fax: 253 590 195 - saltafronteiras@gmail.com

Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

Salta Fronteiras - Ser Associado

Caminhar, a fronteira e o mar, o Leste e o Oeste.
Como todas as coisas que se querem fazer, esta nasceu de ideias e pequenas conversas que de forma rápida avançaram para a acção, neste caso, nos caminhos e estradas, num ponto de partida objectivo da linha psicológica riscada nos mapas, da fronteira entre Portugal e Espanha – locais sempre acarinhados pela Salta Fronteiras Associação.

O comboio já não passa há muitos anos, mas foi do meio da ponte internacional ferroviária do rio Águeda - que o Douro espera para abraçar as suas águas – que se deu a partida, em Barca D’Alva.

Do primeiro quilómetro, ao último, o Douro foi sempre o guia desta viagem. No início, só pensamento da companhia de milhares de metros: terra, pedra, lama e asfalto; longe de reconhecer a paixão que se ia estabelecer com as águas do rio Douro. Os pés em busca da solidez firme, os olhos postos na cumplicidade líquida do parceiro de aventura.

Pocinho, Foz Côa, Freixo de Numão, Horta, S. João da Pesqueira, Ervedosa, Valença do Douro, Régua, Porto de Rei, Ermida, Pala, Carrapatelo, Entre-os-Rios, Medas, Freixo e Farolim de Felgueiras (Foz), foram nomes esperados nas placas, a cada chegada, todos transformados em rostos de pessoas envelhecidas de generosidade, acontecimentos marcantes de quem caminha, frases soltas de quem se cruza em sentidos opostos, fontes de água - que se jura ser a melhor do mundo - permanentes como a sede. Pelo meio dos destinos finais, lugares de poucos meios e habitantes, com gente grande, que se guarda na memória sem recordar do nome.

Minutos imensos de calor a fazer ondular o horizonte, por vezes toda a chuva que o tecto da terra conseguia fazer desabar, horas perfeitas com o tempo regulado pela alegria, madrugadas a despedirem-se, dias esticados até ao momento do astro energético ver a ser escondida a face sombria da esfera giratória. Caminhar e descansar, água, sandes, gps e mapas, parar e ver, andar e conversar, parar e comer, andar e rir. Pousadas da juventude, sítios de associações como nós, parques de campismo, residenciais, foram o abrigo para descansar a mochila e suster o cansaço e as bolhas nos pés, pormenorizar os acontecimentos simples que deram gargalhadas até doer a barriga - que só os presentes vão poder repetir e entender. Duches que ultrapassavam a higiene e emanavam prazer da epiderme à alma, que deixavam prontos para conhecer o lugar, as pessoas e o que por lá se comia. E o vinho do Porto que se estabeleceu num ritual de compromisso, à partida e à chegada, através de um brinde definitivo: “Vinho do Douro, do Porto, de Portugal. Pelo trilho, pela malta, pela Salta”.

Caminho sozinho, caminho com todos; às vezes sim, às vezes com dor. Está lá Portugal inclinado nas encostas do chão do vinho, do Douro que é tudo: terra, pessoas e rio. Vale sempre tentar os Himalaias, mas não interessa perder o que vive e se mostra de montante até jusante, de uma riqueza que é de certeza de ouro.

O Douro trouxe a ambição, que nasceu nos trilhos do seu reino: conhecê-lo no seu nascimento, mais uma vez transpondo a fronteira, ao seu encontro. O caminho da fronteira ao mar abriu um segundo caminho de vontade: percorrer de outro Leste a outro Oeste, do Oriente ao Ocidente da península ibérica.

 

Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player